terça-feira, 1 de abril de 2014

PRIMEIRO BEIJO

PRIMEIRO BEIJO


O PRIMEIRO BEIJO DE OLHOS FECHADOS

INTRODUÇÃO

   A Segunda Guerra Mundial , teve como capital  Stalinegrado , mas  eu ao ler este fragmento do texto, a seguir,  a páginas 416 e 417, onde esta descrição se passou, segundo  Vassili Grossman,  na sua grande Obra ,de 855 páginas, com o título « Vida e Destino»   , ao ver a afirmação « quem beija com os olhos abertos não ama» completei a afirmação com as duas quadras que se lhe seguem abaixo, alusivas ao tema beijo que me fez lembrar, também de , em tempos, eu ter concluído  que também ninguém conseguia  espilrar com os olhos abertos e de ter dito, na altura,  como parábola,  que existiam, por aí, muitos mosquitos a espilrar. ( Risos).

   Vejamos o fragmento do texto:

«Hoje são os alemães que não deixam de atacar. A propósito, quero dizer que nunca li essa Cartuxa!, só que Kátia não respondeu.

   Serioja tentava ver a sua cara no escuro e, cumprindo a sua vontade, o fogo de uma explosão alumiou-a. Um segundo depois a escuridão voltou a cair e, eles, num tácito acordo, ficaram à espera de
nova explosão, do relampejo de luz, Serioja pegou na mão dela e apertou-lhe ligeiramente os dedos.

Era a primeira vez que pegava na mão de uma rapariga .

   A radio-telegrafista suja e infestada de piolhos estava quieta, o seu pescoço luzia na escuridão.   A luz de um foguete acendeu-se, e eles aproximaram as cabeças. Ele abraçou-a, e ela cerrou os olhos , como ambos tinham aprendido na escola

Quem beija com os olhos abertos não ama.

   - Não é uma brincadeira, verdade? - Perguntou ele.

Ela pôs-lhe as mãos nas têmporas, virou a cabeça dele para si.

- É para toda a vida – disse Serioja, lentamente. …..

  Serioja começou a beijá-la no pescoço e, apalpando com os dedos, desabotoou-lhe o botão de metal da túnica, tocou-lhes com os lábios a clavícula magrinha, não se atreveu a beijar-lhe o peito.

 E Kátia afagava aquele cabelo rijo e que não era lavado há muito, como se ele fosse uma criança, e Kátia já sabia que tudo o que estava a acontecer agora era inevitável, que devia ser assim.»


……. É para toda a vida se houver vida!

   Queria lembrar aqui os meus tempos de infância, quando decorria esta Guerra Mundial, com racionamento para toda a gente e, em que, para mim, como órfão, até os beijos eram racionados. Não havia! Tanto valia ter os olhos abertos como fechados. (Risos).

   Esperando que gostem e meditem, deixo-vos com duas quadras minhas, com humor, alusivas ao tema.


OLHOS ABERTOS! OLHAM PRÓ CÉU,
OLHOS FECHADOS! TÊM SENSOR!
OLHOS ABERTOS NÃO TÊM VÉU,
OLHOS FECHADOS CAPTAM AMOR.

D´UM OLHAR COM TANTO ARDOR!
PR´A UM AMOR COM ESSE OLHAR!
DIGO !NADA SE PODE COMPARAR,
ÀQUELE  BEIJO! DADO COM AMOR.

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Imagens do Google e do Álbum do Autor
abibliotecaviva.blogspot.pt
01-04-2014

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